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SAÚDE DO CORAÇÃO
DR. JOÃO JOAQUIM DE OLIVEIRA
14-04-2018 22:04:14
Fraternidade e amor sem fronteiras

Uma das lições mais significativas que nos passa o programa Médicos Sem Fronteiras (MSF) se chama generosidade. Como de resto o faz toda forma de trabalho voluntário. Não há discordância que todos aqueles profissionais que integram o MSF representam o suprassumo nesses sentimentos de bondade, de altruísmo, de extremo desejo de ajudar o outro. Isto em poucas palavras porque esses voluntários: médicos, enfermeiros, paramédicos e outras categorias, trabalham com pessoas em extrema vulnerabilidade social, física e psicológica.

Uma realidade é trabalhar como voluntário em um hospital ou instituição pública com fins sociais e médicos, o que é altamente solidário e gratificante; outra realidade é enfrentada pelos voluntários do MSF.

Aqui os cenários são representados por terremotos, tragédias naturais, vítimas de guerra, refugiados e feridos em conflitos étnicos e políticos. É a vida na máxima vulnerabilidade.

Cenários que bem ilustram todas essas pessoas, nessas tragédias são os casos dos desastres naturais. Um exemplo, o terremoto do Haiti, ocorrido em janeiro de 2010, com cerca de 300 mil mortos, milhares de desabrigados, de mutilados e outras sequelas definitivas.

Os conflitos étnicos e políticos do Congo, do Sudão e Sudão do Sul. Conflitos, ao que parecem, intermináveis, como são os Países em conflagração como a Síria, Iraque e Afeganistão. E se prevalecer as teses de Murphy, as potenciais vítimas, de uma possível guerra entre EEUU e Coreia do Norte. Basta assistir às escaramuças verbais entre o falastrão e histriônico presidente Donald Trump e o idiofrênico Kim (uma simbiose acabada de idiotia e esquizofrenia), o ditador Kim Jong-un.

Um grupo de vítimas encontradiço pelos voluntários do MSF é formado de pessoas vítimas de violência sexual. São os casos de estupros, sobretudo, de meninas e mulheres. Aqui mesmo no Brasil, esses abnegados profissionais enfrentam esse grave desafio de ajuda a essas pessoas em sofrimento. Em geral são comunidades pobres, com desassistência de quase tudo como saneamento “básico”, escolas, saúde e justiça.

Os Estados do Nordeste têm sido os mais representativos nessa triste realidade. E quem bem a conhece são todos os abnegados profissionais desse heroico programa que é o Médico Sem Fronteiras/MSF.

Tem-se como certo que as cenas e as privações mais pungentes e doloridas com que deparam os voluntários estão nos campos de refugiados dessas Nações conflagradas em permanente guerra. São os já citados conflitos bélicos da República do Congo e da Síria.

Uma classe de vítimas de extrema vulnerabilidade refere-se às mulheres vítimas de violência sexual. Porque nesses países, sejam de religião muçulmana ou de várias outras religiões, existe uma banalização no tratamento aos direitos humanos. As mulheres, nessas culturas tribais africanas, são as que menos direito têm antes os órgãos de justiça. Os próprios gestores de governo, os agentes do Estado são omissos com essas mulheres, por questão cultural e impositiva dos chefes de governo.

Imagine, uma mulher vítima de estrupo, porque sob tortura é ainda banida da casa, tratada como culpada ou até morta pelo pai, familiares ou companheiro. É no mínimo uma ideia de direitos humanos e de justiça de natureza esquizofrênica. É ser vítima duas vezes, pelo agressor (estuprador) e pela cultura e pelo Estado. Paranoia na sua forma mais pura! Esses são relatos trazidos por esses abnegados e voluntariosos profissionais do programa MSF. Eles são como que uma última base de apoio e refúgio dessas vítimas, dessas barbaridades, em pleno século XXI.

Enfim, o que se pretende como mensagem final é esta. A mensagem da generosidade, do altruísmo, da gentileza, do desejo de levar a bondade, o conforto e a solidariedade e esse outro ser humano, tão vil e indignamente atingido pela cobiça e maldade do próprio homem. Humano! Será?

Esse outro que sofre, que padece, que se encontra em alto risco de morte, que sofre as consequências de um desastre natural como o terremoto do Haiti e outras tragédias naturais. Assim também são as vítimas de conflitos étnicos e políticos perpetrados por déspotas e tiranos, homens de mentes insanas e paranoicas como são os ditadores da Coreia do Norte, da Síria e vários Países africanos.

Falamos então aqui desses abnegados anjos de branco que são os médicos; ou de vermelho como são os bombeiros civil e militar; e tantos outros abnegados voluntários que dão até a própria saúde e vida em prol de ajudar o outro, o próximo ou distante que se acha em privação, em dor e tanta humilhação!

O nosso louvor e honrarias a todos esses voluntários (as) a favor do bem, da saúde e vida de quem grita por socorro!

DR. JOÃO JOAQUIM DE OLIVEIRA é especialista em Medicina Interna e Cardiologia, Assistente do Serviço de Cardiologia e Risco Cirúrgico no Hospital das Clinicas - Faculdade de Medicina / Universidade Federal de Goiás (UFG) - Goiânia-GO; membro Sociedade Brasileira de Cardiologia; e, estudante de Filosofia. Contatos: joaomedicina.ufg@gmail.com. Acesse: www.jjoaquim.blogspot.com.br

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